Desprezo

Relembro o toque
O arrepio suspirado
A perda dos sentidos
As mãos que em mim
Fabricavam prazeres
Sem proporções.

Meus seios ardem
No fogo do desejo
Que outrora gelavam
Ao perceber-te aproximar
Invasor bem acolhido
Nos terrenos minados
De sensações
Desse corpo que te dei.

Despira-me a timidez
Abri todas as portas
Janelas
Para te acolher
No mútuo prazer
Sem fronteira em mim.

Relembro o abraço solto
Último momento
De minha pele na sua
Minha alma incauta
Abarca minha dor
Deixou-me assim
Um retrato da indiferença.

[osair de sousa]

Comentários

Anônimo disse…
Quero visitar com calma.
Gostei demais do que li : )