Letargia

Fumo um cigarro.
Distante olhar
Que nada vê;
Mente vaga,
Vaga de mim.

Cinzas caem:
Hora passada;
Acendo outro,
Passa tempo,
Segue o torpor.

Apago a guimba.
Prossigo letargo
Deste eu perdido,
No tempo inquieto
Indiferente a mim.
Outro cigarro,
Outro.

[osair de sousa]

Comentários

Anônimo disse…
Obrigada por povoar minha solidão!

Marley
Anônimo disse…
Tantas e tantas noites eu e a lua, acompanhadas pela fumaça do cigarro...a alma longe...o olhar vazio...o coração transbosdante de amor...e a pergunta no ar...

beijos meu anjo sempre e sempre me emocinando com a sua alma....
Anônimo disse…
É possível sentir um olhar perdido
preenchido pelo 'vazio'da fumaça e
suas mutantes formas (feito
companhia), ao ler o seu poema.
Uma criação que envolve, poeta.
Beijos e ótima quarta.
)O(Lua Nua)O( disse…
Meu amigo anda um quê de tristinho, ou só sua alma?
Beijos
Anônimo disse…
fica triste não..
e sempre que tu se sentir assim..
lembra..
tem alguem do outro lado da telinha que ti admira muito..

beijo meu..
Anônimo disse…
Larga do cigarro, que a palavra e os versos têm menores teores de nicotina e alcatrão, mas satisfazem e viciam muito mais. Vc já é adicto!
beios,
Lílian Maial