
Era uma vez, fomos príncipe e princesa
sem sapos com caras de bruxas bizarras;
eram as cigarras nossas belas fadas madrinhas.
O faz de conta sempre cantado
sob olhos brilhantes jóias apaixonadas
na mitologia dos felizes, encantados.
Era uma vez, que a vida sempre bela
prometia sermos rei e rainha
sem dragões, num reino lúdico
onde a paz não se faria segredo.
Era uma vez... Esse tempo de vida
desabrochou em copas frondosas
e fomos iguais e fomos especiais e fomos.
Desavisados, no desencontro de um cuidado
Fugiu célere esse realismo devaneado,
deixando um sabor de mais querer,
sentenciando: não rei, somente rainha,
um deus num Olimpo desmoronado.
Tempo sem eternidade. Tempo.
Entre raios e trovões das manhãs,
surge acintosamente, sempre um novo sol.
Sobrevivo com o destino de Quíron,
você, tal Afrodite, com o príncipe,
o deus de que agora é a vez.
[osair de sousa]
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Lêida Gomes