
A pousar um beijo terno,
Ainda que não tenha eu o seu amor.
Um beijo que me é fortificante,
Imperativo, necessário,
Embora para os tolos
Seja um necessidade banal.
Beijo, qualquer que seja,
Quero-os.
Que seja de carinho
Não de piedade
Do meu amor que não me ama.
Que seja um selinho,
Se mora em nós o afeto,
Se tanto te quero bem.
Que seja na face
- Não um encostar de rostos,
Desse cobiça teimosa em mim.
O meu amor que não me ama
Tem-me um bem me quer
De amizade com recheios belos;
Quero os seu beijos,
Que para tanto, toda ela
Tem que estar presente
E, assim, vai-se a saudade,
Que volta no beijo de despedida.
Por isso e pelo prazer,
Beije-me enquanto puder.
[osair de sousa]
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