Ao que resiste








Meu gesto perdeu-se no tempo,
Em folhas de revistas, amareladas
E ninguém houve que desse notícia.
Temporais reviraram os dias,
Encharcaram os ossos quebrados;
Nada restou, senão a tola malícia
Dos rotos insensatos nas boemias.

O gesto consumido no ocaso
Do que fora ardor de bem querer,
Apenas em mim deixou marcas.

Uma intenção arrastada e oculta,
Desejo contumaz, com seus ardis,
Incinera lembranças daquele ato
Que sobrevive, numa foto gasta,
Jogada numa gaveta sem chave
Essa paixão insolente, meretriz.

[osair de sousa]

Comentários

Anônimo disse…
Parabéns pelo seu blog... realmente, ele mereceu ganhar o prêmio de blog da quinzena. Belos poemas, crônicas e textos. Conte com a minha visita sempre!
Anônimo disse…
demaissss

amei

beijo goiano lindo
Anônimo disse…
As paginas amarelam...a Lembrança permanece limpida e mesmo antiga faz parte do presente...de cada intante que se viveu...

beijos meu anjo amado
Anônimo disse…
Temos a satisfação de informar que seu blog está a partir de hoje, concorrendo ao prêmio BLOG DO TRIMESTRE no BLOGNEWS.
Venha pegar o selo para votação no http://newsblog.com.br/ e boa sorte

Equipe Blog News
Anônimo disse…
tenho um amigo que rasga fotos e guarda somente suas anotações em caderninhos, assim ele pode recordar melhor o momento. A memória é um dom mágico!

Obrigada sempre por todo o carinho!
beijos e beijos
Inês Martins disse…
belo belo belo poema! Deu vontade de guardar como fotografia na minha cabeça!