
com um aroma de patchuli esvanecendo
em sincronia com os sons de seus passos
até que se fez aquele silêncio de catedral.
Agora o nada era eu, por ter sido todo você
e só restou essa indesejada companheira.
Me sabia ser todo vazio com essa ausência
ao meu lado, tal qual um espectro sombrio.
É tempestade de sevícia que varre a paz e,
indesejada, se empunha de nossos sentidos
sugando voraz o mantimento da esperança.
Na embriaguês de um minuto suportável,
refaço o nosso retrato e, somente assim,
ausento-me do espólio da abjeta ausência.
Osair de Sousa
Comentários