
De qualquer forma, ficou somente a lembrança do seu rosto belo e sorridente, de seus gestos meigos me impregnando de paz e de uma enorme alegria. Você, outra vez, formando nós dois, dando sentido a tudo. Éramos plenos, onipresentes, nos bastávamos e, naquele intervalo de tempo, pude vivenciar a verdadeira felicidade – coisa inatingível era o que acreditava, antes disso.
Contudo, não temos o dom da onipotência, somos frágeis em nossa relatividade, caso contrário, determinaria que “nós dois”, fosse uma condição absoluta do meu existir. Mesmo que no sonho, prazer ainda vivo na memória, que me acompanha enquanto o dia me cobra a taxa das minhas obrigações.
[osair de sousa – do livro: curto conto]
Comentários
beijos ao seu anseio
bijos