Poema Necessário









Não há dimensão de sentimento
Que ao poeta seja imprescindível
Se ao amor versa enaltecer.
Nem razão que se lhe impõem
As tangíveis horas da manhã
Que procede à noite vigilante
Seriam senhoras de estorvo vil
Se ao amor queira sublimar.

Assim, poetizando à adorada
Não existem pedras no meio
(Ou à margem do caminho)
Que lhe embotem as palavras.
Serva de presença inexorável
Conluiada em lavra de pesar
Do poeta cativo de um amor
Palavras, palavras hão de brotar.

O que ao poeta torna-se imperativo
É a sua comiseração poder exaltar
Mesmo se aquele amor lhe desterrar.

[osair de sousa]

Comentários

Anônimo disse…
Poeta morre tantas vezes quantas
vezes renasce.
É uma 'necessidade' de ser letra
viva na boca do poema.
O sentir conhece bem.
Boa quinta-feira, Osair. Beijos.
Anônimo disse…
* que ao poeta torna-se imperativo
É a sua comiseração poder exaltar
Mesmo se aquele amor lhe desterrar..

adorei!!

beijoo e um findi maravilhoso p nós..